terça-feira, 10 de abril de 2012

Palestra de Antropologia Missiológica


1.      Antropologia é a ciência que estuda o Homem em sua constituição biológica, social, política, religiosa, cultural e científica.

 2.      Missiológica por que direciona este estudo às finalidades soterológicas, ou seja, salvacionistas. A antropologia missiológica pesquisa as origens do homem, procurando saber por que se tornou como é. O que deve ser mudado nele no que respeita à suas relações com Deus. Como pode a teologia auxiliar na salvação deste homem.

3.      É importante ao teólogo ter ciência que o “homem em estudo” já está em processo decadente. Não temos um primata à nossa frente, e sim, o homo sapiens, ou, homem racional, socialializado, localizado dentro de sua cultura e viciado no pecado. É um produto acabado, ou seja, é um pecador. Este pecador de hoje foi um inocente outrora. No princípio, Deus criou um ser vivo utilizando-se do pó da terra. Seu nome era Adão e significava humanidade. Este primeiro homem foi gerado em estado de inocência, portanto, sem culpa.

4.      Diferente dos anjos, cuja natureza é simples (espiritual), o homem possui natureza composta (matéria e espírito). Esta dicotomia humana o situa em dois mundos, a terra e o céu. Um é etéreo, o ou outro é físico. Um é eternal e o outro é temporal. Um se regula por relacionamentos e ou outro por leis. Um é orgânico e o outro é químico. O primeiro permanece, o segundo, passa.

5.      Este primeiro homem foi instalado em um lugar paradisíaco, nutrido por toda sorte de árvores frutíferas, e duas em especial: da Vida e do Conhecimento. Uma era Vital e a outra era Mortal. Aquela que manteria o homem vivo o ligava ao mundo de Deus, era lícita. A outra mataria o homem, ligando-o ao mundo sem Deus. Adão ficaria em estado ideal, caso não comesse do fruto gnosiológico, ou, do conhecimento.

6.      O estado idílico, ou eidético, ou edênico, mantinha Adão em comunhão com o céu. Ele não era perfeito, contudo, não tinha defeitos. Adão era perfectível, portanto, passível de errar. Mas esta possibilidade de errar (pecar em grego), fora reduzida ao mínimo, já que Deus lhe dera autonomia existencial. Tudo era lícito ao homem. Ele era a coroa da criação, senhor das criaturas terrenas, o cabeça da raça. Sua palavra seria viva, seus pensamentos seriam nobres, suas atitudes seriam plausíveis e sua postura, criacional. Havia um único porém: Faltaria o contraditório.

7.      Adão viveu “n anos” nesse estado perfectível. A bíblia chama esta época de “sexto dia”, tempo suficiente para ele nomear todos os animais e tomar consciência de sua solidão. Neste dia, Deus formou um outro ser humano, de gênero feminino, e o trouxe para o homem. (A necessidade deste outro ser dá mostras da imperfeição de Adão, uma vez que não encontra em si mesmo o subsídio para a solidão). Este novo ser foi chamado Eva, que significa vida. Dela viriam os filhos de Adão, dando aos homens um status existencial superior aos anjos, já que poderia dar a vida a outro ser a partir de si mesmo, coisa impossível aos anjos. Ambos viviam sem culpa, logo, tinham natureza inocente.

8.      O estado de inocência igualava o homem ao lugar em que moravam. No Édem, jardim de Deus, não havia o pecado e suas consequências. Mas a existência da árvore do bem e do mal instigou Eva à prática do erro. Por tentação de Satanás, a mulher comeu do fruto proibido. Até aí, não estava a morte no mundo. Sendo apenas Eva a comer do fruto, não havia pecado racial, somente pecado pessoal. A ordem para Eva vinha de Adão, logo, ele deveria aplicar-lhe a pena capital, privando-a da árvore da vida e banindo-a do jardim. Mas ele também comeu, sem a tentação de Satanás, e ciente da proibição direta que Deus lhe dera. Naquele instante o pecado entrou no mundo, e com ele, suas consequências. O estado de inocência desapareceu e Adão tornou-se pai dos pecadores.

9.      A decadência ocasionada pela queda de Adão generalizou-se em toda sua descendência. Sendo banido por Deus daquele mundo paradisíaco, Adão viu-se privado dos frutos vitalizantes, e a terra amaldiçoada por sua causa, não germinaria gratuitamente o alimento para os pecadores. Agora, no mundo sem Deus, o homem terá pouco tempo de fôlego, e após muita fadiga, voltará ao pó, morto para sempre. A única forma de continuar vivo será gerando filhos, i é, dando de sua vitalidade para outro e depois, partindo só para o além.

10.  Este além é um mundo sem luz, onde a parte imaterial do homem sente-se aprisionada, uma vez que foi destituída do corpo. Chamam-no de túmulo, sepulcro e sheol, ou, morada dos mortos. Ali a decadência do homem alcança seu degrau mais baixo. Isto por que o pecado é um processo desumanizador, ou seja, todo o tesouro divino depositado no homem é desvalorizado, ao ponto de não restar o menor traço da identidade espiritual que Deus imprimiu-lhe. É uma espécie de demonização, onde o ser humano transfigura-se em ser diabólico e satânico, voltado para a morte, que é a vida sem Deus e a oposição a Deus.

11.  Daí ser a história do homem uma tragédia, marcada pelo pecado e o distanciamento de Deus. Presente neste mundo está Satanás, com sua tirania multimilenar e afronta contínua ao Criador. Este opositor de trevas mantém um principado na terra, acorrentando os homens e suas instituições a seu império de morte. Toda tentativa humana em busca do paraíso perdido, ou seja, aos benefícios da vida presente, resultam em corrupção, ganância, ódio, guerras, morticínio, e outras ramificações da maldade. Se os homens instituem um Estado, Satanás o torna opressor, lançando mão da política, da cultura, da educação, da ciência e da religião. Se os homens organizam uma sociedade, Satanás espalha a discórdia, a competição desleal, a concorrência nefanda e a desconfiança mútua. O mundo sem Deus, tendo Satanás como príncipe e os pecadores como súditos foi o resultado da escolha adâmica naquele dia da queda humana.

12.  Há, contudo, um trunfo divino na história humana: Livre arbítrio! Foi por escolha de Adão que o pecado entrou no mundo. É por decisão de Cristo que o pecado sai. Como por um homem o pecado reina, por outro homem o perdão prevalece. O perdão é superior à culpa, e anula o pecado. Ainda que o pecador esteja perdido em meio à sujeira e à lama de seus atos, Cristo tem autoridade para perdoá-lo, inocentando-o de seus erros, e levando-o de volta ao estado paradisíaco, ou seja, de comunhão com Deus. Este perdão de Cristo é anunciado no Evangelho, o anúncio de Deus ao mundo de que o pecado foi vencido na cruz de Jesus Cristo.
  
13.  Jesus, filho de Maria e José nasceu por milagre do Espírito Santo. Ele descende de pais humanos e remonta sua ancestralidade até Adão. Ele tem sua entrada no mundo em analogia à entrada de Adão, uma vez que assim como Adão veio de Deus, também Cristo de Deus veio. Ambos têm o mesmo Pai, e são fruto do Espírito de Deus, o sopro de Deus. Se a terra é mãe de Adão, Maria também é pó, também é terra. Se o primeiro era inocente em seu estado existencial, o segundo além de ser inocente, assim permanece para sempre. O fato de Cristo haver nascido biologicamente dá-lhe irmandade com todos os homens. E ter nascido em pleno governo romano, dá-lhe algemas políticas tanto quanto a nós. Ter vivido em cultura judaica o condiciona tanto quanto a nós. Ser chamado de rabino o aproxima de nossas religiões. Cristo é verdadeiro homem, co-existente com o Eterno e conosco, por isso, pode fazer ponte entre a terra e o céu.

14.  Uma vez perdoados de nossos pecados, somos emancipados do poder de Satanás, e enviados pelo mundo com a palavra do Evangelho. Estamos autorizados por Deus a salvar o que tem se perdido, libertar o que estiver cativo, alimentar o faminto, ressuscitar quem morto estiver. Este envio ao mundo decaído é uma missão, ou tarefa missionária. É encontrar o pecador envolvido com a política satânica e despertá-lo de sua indolência. É gritar a plenos pulmões que o tempo está cumprido e o Reino de Deus chegou a nós. É enfrentar as legiões de Satanás e participar da vitória do Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.

15.  A salvação de Jesus Cristo abarca o homem todo, significando que nenhuma unha do pecador pode permanecer no Egito, ou, serviço ao pecado. O homem todo quer dizer alma, corpo e espírito. Quer dizer sua casa e seus empreendimentos, seus sentimentos e intenções, seu presente e futuro, suas renúncias e ganhos. O homem todo quer dizer sem reservas e parcialidades, por que foi assim que Jesus entregou-se por nós. Ele inteiro deu-se pelo pecador, sorvendo nosso veneno e morrendo nossa morte. Ele esteve por três dias no mundo dos mortos, aprisionado no sepulcro. Mas ao terceiro dia deus o levantou do túmulo, e deu-lhe autoridade sobre a morte e o inferno. Também o assentou à sua direita dizendo-lhe que permaneça ali até que haja posto todos seus inimigos por apoio a seus pés. Seu reino não tem fim, por que ele está vivo para sempre...

16.  O missionário é o amigo de Jesus Cristo, e pode falar dele livremente, a todos os homens, em todos os lugares, e qualquer ocasião. Não precisa preocupar-se com o túmulo, pois está vivendo e reinando com Cristo. Pode falar com o Pai a qualquer momento, sobre qualquer assunto, pois conta com a mediação de Jesus e a assistência do Espírito Santo até que sua vida terrena chegue ao fim. O missionário é amado pelo Pai, e pode confiar na bondade de Deus para agraciá-lo em meio às vicissitudes e tentações do inferno. Será guardado do mal e receberá a coroa da vida.

17.  Mas é preciso manter-se leal até o fim, não se esquecendo de sua vocação e eleição. Deve batalhar pela fé, lutando com feras, serpentes e escorpiões. Sustentar a verdade ao custo de sua existência terrena e não ter por preciosa nenhuma de suas posses. Poderá sofrer desventuras, pesares, tristezas e revezes. Nunca poderá confiar em suas próprias habilidades, mas colocá-las ao serviço de Jesus Cristo. O missionário é um peregrino em terra alheia, e seu endereço certo está no céu.

18.  Que Deus norteie seus filhos à vocação missionária, dando-lhes chamado ao campo em colheitas, eis minha singela oração, em nome de Jesus Cristo, Senhor Eterno.


Rogério de Sousa

Anjos


1.      Anjo é uma palavra que significa enviado ou mensageiro [Lc 1.19].


2.      Conceitualmente, tratam-se de seres cuja estrutura existencial liga-se ao mundo etéreo, ou espiritual [Hb 1,7,14].

3.      Foram criados por Deus, antes da criação da terra [Jó 38.4-7].

4.      São chamados filhos de Deus [Jó 1.6; 2.1]

5.      Formam o exército dos céus [Ne 9.6].

6.      São milhares de milhares [Ap 5.11].

7.      Possuem um nome pessoal [Is 40.26]

8.      Diferenciam-se nas categorias, sendo:

a.       Querubins, ou Tronos [Nm 7.89; 2º Sm 6.2; 22.11; Cl.1.16]
b.      Serafins, ou Altares [Is 6.6]
c.       Arcanjo, ou Principado [Dn 10.13,21; 12.1; Jd 1; Ap 12.7]
d.      Anjos, ou Potestades [Ef 3.10]

9.      São multiformes, assumindo aparência de:
a.       Homens [Jz 13.6]
b.      Animais [Ez 1.10]
c.       Fenômenos [Ex 13.21,22; 14.19; 23.23; Hb 1.7]

10.  Possuem liberdade para pecar [Jd 6; Ap 12.4]

11.  Podem castigar os homens desobedientes [At 12.23; Ap 8.13]

12.  Serão julgados pelos santos [1º Co 6.3]

13.  Participam do Culto a Deus [Ap 5.8; 8.3]

14.  Virão com Jesus nas nuvens [2ª Tes 2.7]

15.  Ajuntarão os ímpios para o inferno [Mt 13.40-43]

16.  Batalham contra Satanás [Ap 12.7]

17.  Recepcionam os santos nos céus [Ap 21.12]

Palestras de Administração Eclesiástica



A Igreja é una, santa, universal e apostólica; uma comunidade espiritual, mística, socialmente organizada e fundada por Deus através de Cristo. Os que a ela pertencem confessam haver um só batismo, esperam a ressurreição dos mortos e a vida eternal no mundo vindouro. Formam um só corpo – homens e mulheres que externamente constituem uma verdadeira comunidade social e histórica, salvos e santificados por Deus para conhecê-lo e santamente servi-lo; pessoas humanas que renovam sua espiritualidade cada vez que se reúnem em nome de Cristo, seja para ministrarem o culto, seja para deliberarem sua administração;

1º.    Cabe ao administrador eclesiástico dominar a matéria em pauta, tendo em mente que sua liderança deve preservar a Unidade da Igreja. Daí, ser preciso conceituar Igreja, Denominação e Ministério.
a.       Igreja é o Corpo de Cristo, constituído pela totalidade dos cristãos no mundo inteiro, indiferente da profissão eclesiástica.
b.      Denominação é uma parte do Corpo de Cristo constituído por minorias cristãs embandeiradas sob uma identificação eclesiástica, conforme a visão do fundador.
c.       Ministério é uma ramificação pessoal de um líder cristão, cujo fim remonta-se á visão do ministro-mor.

Segue-se que o administrador eclesiástico deverá desenvolver filtros eclesiológicos para não “rachar” a comunhão cristã devido a um *preconceito sectarista. Todo administrador eclesiástico deve desenvolver a visão de Corpo Inteiro, além da concepção de membro isolado.

2º.    Cabe ao administrador eclesiástico adestrar sua liderança pelo ideal da santidade, que significa manter a Igreja distinta da sociedade mundana. Ainda que o serviço cristão seja intra-mundano ele se mantém acima da corrupção terrena. Os apelos da politicagem e da propaganda secularista não podem concorrer com o trabalho de amor e piedade que os santos desenvolvem na sociedade.

3º.    Cabe ao administrador eclesiástico expandir a universalidade da Igreja, significando isto que, muito ao contrário de fechar as portas do diálogo, deve ele abrir-se para o contato com todos os homens, mesmo com os contrários ao Evangelho. Somente pela abertura ao diálogo poderá o cristianismo romper com os dogmas religiosos impostos por lideranças sectaristas. O fechamento dentro de si não converterá o mundo para Cristo.

4º.    Cabe ao administrador eclesiástico sustentar o trabalho missionário. Ele enviará ganhadores de almas ao campo e garantirá o suprimento aos voluntários da causa. Por palavras e obras mobilizará contingente e recursos para manter esta obra viva.

5º.    Cabe ao administrador eclesiástico conduzir a espiritualidade cristã “em bloco”, ou seja, comunitariamente. Todo cuidado pastoral deve evitar privilégios para grupos localizados ou membros carismáticos, o que deterioraria as relações fraternais. É em comunidade que o Espírito Santo fenomenaliza a Palavra, o Canto e a Prece.

6º.     Cabe ao administrador eclesiástico preservar o caráter místico da Igreja, cuidando para que o estudo sistemático das doutrinas cristãs, o conhecimento filosófico e teológico não descambe para o cientificismo frio e a ortodoxia morta. O Corpo deve manter-se vivo e respirando a atmosfera do adorado Espírito Santo.

7º.    Cabe ao administrador eclesiástico manter a organização da Igreja conforme os modelos deixados por Cristo em o Novo Testamento. Esta organização regula as relações entre as ordens ministeriais, a membresia e a sociedade em volta. Nunca pode o administrador eclesiástico descuidar-se das relações públicas, deixando que Satanás prevaleça com o ódio em lugar da concórdia.

8º.    Cabe ao administrador eclesiástico batizar regularmente todos os convertidos à fé cristã, seguindo a fórmula ensinada no Evangelho, que dita: “Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Este batismo é válido ad infinitum e não precisa ser renovado, uma vez efetuado com o consentimento e ciência do batizando.

9º.    Cabe ao administrador eclesiástico perpetrar o ensino sobre a ressurreição dos mortos e a vida eterna. Eles são emblemas de nossa pregação no mundo todo desde a revelação de Jesus Cristo e precisam ser artigo de fé em todos os corações cristãos. A vinda de Cristo em sua glória deve ser lema de todo administrador eclesiástico.

10º.           Cabe ao administrador eclesiástico integrar homens e mulheres com a sociedade civil, estimulando a vocação de cada um com vistas ao desenvolvimento pleno da história humana, significando isto o envolvimento pessoal da cristandade com as estruturas do Estado e da Igreja.

11º.           Cabe ao administrador eclesiástico embasar o conhecimento teológico dentro das premissas de santidade e serviço, mantendo a dicotomia da vida que é: “saber e fazer”. Ainda que o conhecimento de Deus seja de caráter contemplativo, para a Igreja é máxime que a ciência sirva à causa cristã.

12º.           Cabe ao administrador eclesiástico reunir a cristandade “em nome de Cristo”, em qualquer lugar que houver dois ou mais irmãos, concitando-os à espiritualidade e renovação da comunhão.

13º.           Cabe ao administrador eclesiástico ministrar o culto ao Senhor, respeitando as liberdades individuais e estimulando as vocações corporativas. Por culto deve-se entender todo e qualquer serviço cristão em honra a Cristo. O culto pode ter um caráter:
a.        Ritualista, seguindo as liturgias previamente estabelecidas;
b.      Devocional, seguindo os impulsos voluntários da alma e do Espírito Santo;
c.       Educacional, seguindo as metodologias de ensino e/ou discipulado;
d.      Beneficente, seguindo as necessidades dos santos e/ou pecadores;

14º.           Cabe ao administrador eclesiástico administrar a Casa de Deus, seguindo os princípios reguladores da comunhão cristã expressos em o Novo Testamento, pautando a conduta do povo de Deus no ensino dos Apóstolos e Profetas do Senhor, os quais deitaram suas vidas no combate desta fé. Para auxílio ao administrador eclesiástico, a Igreja deve munir-se de cinco livros:
a.       A Bíblia, a Palavra de Deus no Antigo e Novo Testamento. Escrita por homens preparados e supervisionados pelo Espírito Santo. Possui autoridade divina infalível em todos os assuntos que abordam. Deve ser aceita como instrução divina em tudo o que afirma. Obedecida, como penhor divino, em tudo o que promete. Tendo sido verbal e totalmente dada por Deus, a Bíblia não apresenta erro ou falha em nada que ensina, quer naquilo que afirma a respeito dos atos de Deus na criação e nos acontecimentos da história mundial, quer na própria origem literária sob a direção de Deus, quer ainda no testemunho que dá sobre a graça salvadora de Deus na vida das pessoas;













b.      O Estatuto Social, documento que registra a existência da Igreja ante o Estado. Ele deverá conter os seguintes capítulos:
CAPÍTULO I     -  DENOMINAÇÃO, NATUREZA, SEDE E FINS
CAPÍTULO II     -   DOS MEMBROS DA IGREJA, ADMISSÃO, TRANSFERÊNCIA E DESLIGAMENTO
CAPITULO III    -   DOS DIREITOS E DEVERES DOS MEMBROS
CAPÍTULO IV   - DA ASSEMBLÉIA GERAL
CAPÍTULO V    -  DA DIRETORIA
CAPÍTULO VI   -  DO CONSELHO FISCAL
CAPÍTULO VII  - DOS MINISTÉRIOS
CAPÍTULO VIII – DO PATRIMÔNIO E DA RECEITA
CAPÍTULO IX   - DAS DIVERGÊNCIAS DOUTRINÁRIAS
CAPÍTULO X     - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

c.       O Livro Ata, constando data de fundação da Igreja e membros fundadores, Neste livro será registrado o histórico da Igreja, conforme deliberações em assembléias gerais ordinárias e extra-ordinárias.

d.      O Livro Caixa, constando de entradas e saídas financeiras da Igreja. Nele deve ser registrado toda movimentação econômica, sem exceções nem abertura para “caixa dois’”.

15º.           Por fim, cabe ao administrador eclesiástico pastorear o rebanho de Cristo, sabendo que é seu dever aperfeiçoar a conduta cristã com vistas ao modelamento de uma Igreja onde:
a.       a liberdade de consciência criará uma nação cristã robusta;
b.       a verdade não será mascarada para servir ao interesse dos covardes;
c.       a vontade popular, disciplinada pelo Evangelho, será um testemunho contra os impulsos idolátricos;
d.      a justiça será acatada e elevada;
e.       a administração pastoral embasará sua legitimidade na cultura da inteligência espiritual, diplomacia pluriconfessional e desenvolvimento valorativo das faculdades humanas;
f.         a liberalidade orçamentária constituirá o mais reprodutivo emprego da riqueza eclesiástica;

Rogério de Sousa

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Como Kant se Posiciona diante da Controvérsia entre Racionalismo e Empirismo

Análise da seção I da introdução da Crítica da Razão Pura,
denominada Da diferença entre conhecimento puro e empírico


Resumo


A seção I da Introdução da Crítica da Razão Pura aponta uma crítica à forma de empiristas e racionalistas tratarem a matéria do conhecimento. Permeado pela tradição da filosofia idealista, Kant constrói uma ponte com os conceitos do apriorismo e do aposteriorismo e propõe uma forma exigente de pensar a epistemologia.  
“as aparências devem ser consideradas como sendo, todas elas, apenas representações, não coisas-em-si, e que tempo e espaço são, por conseguinte, apenas formas sensíveis de nossa intuição, não determinações dadas como existindo por si mesmas, nem condições dos objetos vistos como coisas-em-si” (Kant)

1.      Todo o nosso conhecimento começa com a experiência[1]


Kant despertou de sua modorra dogmática[2] ou, sono metafísico[3]. Até a Crítica da Razão Pura o conhecimento andava por vias dogmáticas ou céticas. Ora tropeçava para a afirmação absoluta de que era possível conhecer, ora tombava para o caminho duvidoso dos examinadores e pragmáticos. As respostas racionalistas e empiristas formavam uma gigantesca muralha em torno da questão epistemológica, e dentro desta fortaleza, o conhecimento se via protegido dos ataques ameaçadores do gigante prussiano de Königsberg.  De longe, o colosso do idealismo crítico armou a catapulta e laçou sua primeira pedra de fogo: “todo o conhecimento começa com a experiência”. Esta é uma sentença consensual de Kant. Abre o diálogo com o empirismo, para quem “todo conhecimento é atribuído aos sentidos [os quais] não podem apreender o absoluto[4]”. 

Segundo FERRATER,
Há três tipos de empirismo: o psicológico, o gnoseológico e o metafísico. Para o primeiro, o conhecimento tem integralmente a sua origem na experiência; o segundo defende que a validade de todo o conhecimento radica na experiência; o último afirma que a própria realidade é empírica, isto é, que não há outra realidade para além da que é acessível à experiência e em particular à experiência sensível[5]”.

O empirismo revisado na Crítica corre dentro do canal da filosofia moderna de Francis Bacon (1561-1626), Thomas Hobbes (1588-1679), John Locke (1632-1704), George Berkeley (1685-1753) e David Hume (1711-1756). Kant aceita a possibilidade empírica do conhecimento, mas cerceado pelas condições parciais de nossa humanidade, ou seja, como via primária para o saber das coisas, mas não suficiente, ou, necessária: “Conhecemos apenas o fenômeno, o que nos aparece e segundo nossas condições, mas a coisa em si, isto é, como ela é, tal nos escapa ao conhecimento[6]”.

2.      Nem por isso todo ele se origina justamente na experiência


Com esta sentença, Kant abre diálogo com o racionalismo. Na verdade, é sua segunda pedra de fogo, com a qual alveja a filosofia de René Descartes (1596-1650), Nicolau Malebranche (1638-1715), Blaise Pascal (1623-1662), Benedictus Spinoza (1632-1677) e Gottfried Wilhelm Leibnitz (1648-1716). Mário Ferreira dos Santos diz que:

“Ele permanece fiel ao primeiro postulado do racionalismo; isto é, que toda experiência é um pensar. Daí que todo pensar seja um julgar, e todo julgar o completar uma síntese por categorias, isto é, síntese nas formas do intelecto[7]”.

A postura kantiana ante o dilema é de alargamento das funções racionais e empíricas. Ao despertar do sonho metafísico, ele não quer voltar ao sono e estreitar a possibilidade do conhecimento. Segundo Hamilyn, “o declarado objetivo de Kant é solapar as alegações de uma suposta faculdade de razão pura, que poderia chegar às verdades sobre o mundo ou sobre a realidade independentemente da experiência[8]”. Ele rebatiza conceitos em sua Crítica, chamando o conhecimento empírico de a posteriori e o racional de a priori ou puro. Isso lhe permite revisar a epistemologia agregando-lhe nomenclaturas que distinguem o juízo analítico do sintético. Feitas as disjunções, ele parte num segundo momento para as conjunções. Os termos de unem para classificar o juízo como analítico, sintético a posteriori e sintético a priori

3.      Conclusão


Kant se posiciona pelo criticismo ante o empirismo e o racionalismo. Embora ceda espaço para um e outro com o fim de manter o diálogo, procura apontar para as limitações de ambos os métodos. A limitação da experiência é o subjetivismo e o particularismo. Carece de universalidade e de necessidade. A limitação da razão é o horizonte do fenômeno. A tese de Kant é que temos que supor que as representações são de alguma maneira, devidas ao que ele chama de coisas-em-si, mas não podemos ter conhecimento delas.

Referências Bibliográficas


HAMLYN, David Walter - Uma História da Filosofia Ocidental
MORA, José Ferrater, Dicionário de Filosofia, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1978
SANTOS, Mário Ferreira dos, Convite à Filosofia e à História da Filosofia, São Paulo, Ed. Logos



[1] O texto utilizado é uma tradução de Valeri Rohden e Udo Baldur Moosburger (Os Pensadores, Nova Cultural)

[2] Kant alega[va] que fora a leitura de Hume (não está claro o quanto) que o despertara de sua “modorra dogmática (HAMLYN, David Walter - Uma História da Filosofia Ocidental)

[3] Kant foi “despertado do sono metafísico” pelo pensamento de David Hume cujas análises, especialmente do conceito de causalidade, demoliam as pretensões do dogmatismo metafísico de afirmar verdades eternas a respeito da essência ultima das coisas. (Introdução à Crítica da Razão Pura, coleção Os Pensadores, editora Nova Cultural).

[4] SANTOS, Mário Ferreira dos, Convite à Filosofia e à História da Filosofia, São Paulo, Ed. Logos. p.80

[5] MORA, José Ferrater, Dicionário de Filosofia, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1978
[6] SANTOS, Mário Ferreira dos, Ibid, p.61
[7] Ibid, 84
[8] HAMLYN, David Walter - Uma História da Filosofia Ocidental

Negrinha de Monteiro Lobato & outras negrinhas

RESUMO


A Negrinha de Monteiro Lobato é uma representação literária que, em sentido estrito, trata do microcosmo da escravidão no Brasil Antigo [U1] e sua conseqüência direta sobre a existência de uma criança negra. Em sentido amplo, o conto aborda a situação dispare entre pessoas humanas, sendo que umas representam a piedade e outras a miséria, no entanto, os papéis estão invertidos e aquela que é sinônimo de bem, age mal e a outra que é sinônimo de rebeldia, reage com inocência.

1



Este é o texto da Constituinte Brasileira de 1988. Por força de lei, é imposto sobre as três régias instituições – família, sociedade e Estado – o dever de assegurar à criança e ao adolescente, os direitos humanos que a Carta Magna de 1789 (A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão) já o fizera a tanto. Porque, devemos nos perguntar, porque por força de lei[U3] ? Porque tanto tempo depois? Porque um artigo específico sobre a criança e o adolescente? Não são estes também humanos? Não estavam também cobertos por lei quando as constituições anteriores foram promulgadas? Não! Não estavam. A constituinte é um instrumento normativo para a vida em sociedade, contudo “uma Constituição social precede, porém, à Constituição política, pois esta somente irá nascer, quando surgir o Estado[1][U4] . Sabemos que o Estado Brasileiro já existia antes de 1988, mas não um...

Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias[2]

            Este Estado Democrático é criação recente do povo brasileiro dentro do contexto global. É uma adequação às exigências idealizadas para a sociedade pós-moderna e que não pode mais aguardar pela Constituição Social o “dever de assegurar [...] com absoluta prioridade” os direitos das minorias esquecidas nos códigos legais anteriores. O Estado se pronuncia em favor da Negrinha de Monteiro Lobato, condenando dona Inácia à prisão por maus-tratos, aliás, isto o fizera desde 1940, quando o código penal, no artigo 136, dissera ser crime...

Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina[3]”.

            O Direito Penal “tem [...] por objeto a conduta ou o que se deve ou não fazer, bem como a conseqüência advinda da inobservância do que impõe[4]”. [U5] Consoante ao direito penal, a Carta magna brasileira articula como sendo “dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito [previsto em lei]... O quanto estamos deste cumprimento do dever?

2


            Dona Inácia está no ilícito penal. Ela discrimina uma criança da outra por causa da cor da pele, da condição social, de uma religião, e outros “bons motivos”. Sim, seus motivos são bons, mas não são do Bem. Dona Inácia está sempre vigorosa em todas as sociedades, rotulando os baixos, os altos, os gordos, os pobres e as loiras. Ai do mundo por causa de Dona Inácia! Contudo, há esperança. A lei e os magistrados. Mas não é só isto. Existem menininhas que emprestam suas bonecas para as outras negrinhas. Há pessoas do Bem no mundo, e que agem com naturalidade. Isto. Agem!

Conclusão

           
            A família, a sociedade e o Estado devem agir no mundo, realizando com naturalidade as obras da lei, mesmo por que [U6] a lei não é feita para os justos, mas para os criminosos. Na ausência da lei, o homem é livre para agir em conformidade com sua natureza, mas nunca em detrimento da dignidade humana, seja qual for o distintivo que carregue. Esta liberdade deve enobrecer a Negrinha, independente de que seja negra ou não. Se não o fizer, que se insurja a Lei, e penalize o criminoso, privando-o de sua liberdade, e condicionando-o ao peso da pena.

 

Bibliografia

           
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
NETTO, Pedro Salvetti, Curso de Teoria do Estado, São Paulo, Ed. Saraiva,  1984. 6ª ed
NORONHA, E. Magalhães. Direito Penal, São Paulo, Ed. Saraiva, 1972, 8ª Ed.


[1] NETTO, Pedro Salvetti, Curso de Teoria do Estado, São Paulo, Ed. Saraiva,  1984. 6ª ed
[4] NORONHA, E. Magalhães. Direito Penal, São Paulo, Ed. Saraiva, 1972, 8ª Ed.

 [U1]É apenas uma sugestão, mas neste caso, eu não usaria o termo: “Brasil Antigo”; pois, remete a idéia do período  antigo da história e sabemos que neste caso, você não está se referindo a Idade Antiga. Logo, eu usaria, o termo: Brasil do início do século XX, por exemplo.
 [U2]Por se tratar de uma citação literal de um trecho deve vir recuado a direita.
 [U3]Neste caso a palavra “porque” deve estar separada, pois se trata de uma pergunta, como nos demais casos a seguir apresentados por você.
 [U4]Neste caso, você faz uma citação literal, no entanto não indica a página em que este trecho esta na obra referenciada. Ainda saliento que, segundo a ABNT a respeito das notas de rodapé:
As notas de rodapé destinam-se a prestar esclarecimentos ou tecer considerações que não são incluídas
no texto para não interromper a seqüência lógica da leitura. Sugerimos que tais notas sejam pouco
utilizadas e que estejam situadas ao final de cada página, e não no fim do artigo.
 Logo neste caso, você poderia ter escrito da seguinte forma:
“A constituinte é um instrumento normativo para a vida em sociedade, contudo “uma Constituição social precede, porém, à Constituição política, pois esta somente irá nascer, quando surgir o Estado[1] (NETTO, P. S. 1984, p. ...”. ” [U4].
 OBS: encaminharei em anexo uma apostila do Claretiano baseada na ABNT e que nós professores temos acesso. Mas, saliento que todoas estas informações estão presentes no site:
 [U5]Qual a página que foi extraída esta citação? Apesar de indicar a obra não indica página.
 [U6]Este porque é junto, pois, você está explicando o motivo pelo qual a lei não  é feita para os justos.

O Problema da Comunicação

Considerações

O problema da Comunicação não é assunto de apêndice ou nota de rodapé - é tema capital. Embora o fenômeno ocorra com naturalidade em todas as sociedades e dê mostras de simplicidade quando observado “de longe”, sua complexidade levou o mundo acadêmico a dedicar-lhe uma Cadeira no mundo das Ciências.

A enigmática da Comunicação encontra seus primórdios nas teogonias, sejam bíblicas ou mitológicas.
·         A narração bíblica em Gênesis 11 afirma que todos os homens falavam a mesma língua o que os levou e se juntaram num projeto ecumênico de grande ambição: construir uma torre cujo topo adentraria os portais celestes. Deus reprovou este desígnio e confundiu a linguagem humana naquele lugar o qual passou a ser chamado de Babel, cujo significado varia entre “porta de Deus e confusão[3]”. A partir dali a comunicação humana sofreu uma fissura que só a muito custo pode ser minorada.

·         A teogonia mitológica grega não parte da origem do problema, mas de uma solução paliativa para os privilegiados deuses. Segundo o mito de Hermes[4] a comunicação entre os deuses e os homens era quase impossível, pois se tratavam de dois universos díspares. Como Hermes preferia a companhia dos homens à dos deuses, tornou-se hábil mensageiro e profundo conhecedor dos anseios humanos. Quando os deuses queriam comunicar-se com os homens concordavam em utilizar-se de Hermes, o intérprete do Olimpo e da Hélade.

Analisando as duas teogonias encontramos, já na antiguidade, a preocupação com o problema da comunicação. Embora revestida de roupagem religiosa elas nos ajudarão a perscrutar os símbolos implícitos nelas.

1º.    O problema é de ordem ética (segundo a bíblia). A comunicação perfeita se justifica por seus fins (para o certo). Quando desviada de seu propósito ético, a comunicação vai, fenomenalmente, sofrer alguma fissura. Um dos seis elementos da comunicação vai impedir que o processo se conclua, pois ao mesmo tempo em que servem de facilitadores também atuam como filtros. Estão implicados em uma só finalidade e são cúmplices uns dos outros no processo inteiro;
2º.    A solução é de ordem pragmática (segundo o mito). A comunicação se dá por utilitarismo. Se alguém está “mesmo” interessado em comunicar algo, vai aceder às exigências do Teorema da Comunicação. Vai, antes de tudo, emitir sua mensagem em conformidade com o contexto que cerca o receptor. Vai adequar o código lingüístico à capacidade transmissora do canal utilizado.

Concluindo: O fenômeno da comunicação sempre se dará quando cumpridas as ordens éticas dos seis elementos constitutivos do processo. Se violadas as regras os elementos servirão de agentes podadores da comunicação, ou se preferirmos, de filtros éticos. Cabe ao emissor a responsabilidade última por se fazer comunicar. Se, de fato, é importante sua mensagem, cumprirá com as exigências do Teorema e cumprirá seu bom intento.

Aplicando as considerações ao texto de Veríssimo


            O autor lírico faz girar seu texto em torno de um problema de comunicação entre o emissor e o receptor. É do maior interesse do comprador fazer-se entender e este empreende esforços legítimos para alcançar seu fim: admite que esqueceu o nome do objeto pretendido, mas faz descrições precisas dele. O interlocutor compromete-se a entender a mensagem por que o cliente entrou no contexto do comerciante, ou seja, na loja. Embora pertencentes a mundos diferentes, falam o português, embora um esteja mais afeito ao vocabulário técnico e o outro ao vulgar. No final a mensagem alcançou o destinatário, embora a muito custo.
           

Esclarecimento Pessoal


Quando afirmo que a comunicação deve possuir finalidade ética não estou me referindo à moralidade das pessoas que se envolvem no processo, mas na eticidade do teorema. Como ele dispõe de mecanismos justos para realizar o ato comunicativo e não permite exceções no trato da matéria. Ele se compromete a fazer o destinatário receber a mensagem conforme saiu do emissor, desde que o emissor cumpra suas exigências normativas. Assim fizeram os deuses com Hermes proibido-o de mentir, mas Hermes se deu o direito de dizer apenas parte da verdade.


[1] http://3.bp.blogspot.com/_WatrZzNJ-cI/S-7dn4anYcI/AAAAAAAAAMM/oDwhRcez9Jk/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.jpg
[2] VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comunicação. In: ______. Para gostar de ler. 3.ed. São Paulo: Ática, 1982. v. 7. p. 35-37
[3] Maiores detalhe podem ser consultados em http://www.bibliaonline.net/dicionario/
[4] Um aprofundamento sobre o mito encontra-se em http://www.portaldapsique.com.br/Artigos/Mito_de_Hermes.htm